Há um texto de Lygia Fagundes Telles, Os gatos, que diz assim:
"Ele fixaria em Deus aquele olhar de esmeralda diluída, uma leve poeira de ouro no fundo. E não obedeceria porque gato não obedece. Às vezes, quando a ordem coincide com sua vontade, ele atende mas sem a instintiva humildade do cachorro, o gato não é humilde, traz viva a memória da liberdade sem coleira. Despreza o poder porque despreza a servidão. Nem servo de Deus. Nem servo do Diabo."
O texto continua, é um pouco longo - o que, em se tratando de Lygia, é um prazer. Faz parte do livro de impressões A disciplina do amor.